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Estastísticas da Natureza

  • Foto do escritor: dukamedeiros
    dukamedeiros
  • há 4 horas
  • 3 min de leitura

O levantamento foi feito pelo think tank internacional Carbon Brief e leva em conta dados de emissões de queima de combustível fóssil, mudanças no uso do solo, produção de cimento e desmatamento de 1850 a 2021. Pesquisas anteriores consideravam no cálculo as emissões decorrentes de queima de combustível, sem incluir a poluição provocada pela destruição de florestas.



Brasil e Indonésia sobem ao top 5 da poluição

A mudança de metodologia altera a lista de top 20 maiores poluidores históricos. Pesquisa de 2019 da Carbon Brief, que só considerava emissões por queima de combustível, apontava EUA, China, Rússia, Alemanha e Reino Unido com os cinco maiores emissores.



O mundo está ficando mais quente


O planeta está agora quase um grau mais quente do que estava antes do processo de industrialização, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

A temperatura média global nos primeiros 10 meses de 2018 ficou 0,98ºC acima dos níveis de 1850-1900, segundo cinco relatórios de dados globais mantidos de forma independente.






O dramático é que o efeito estufa não está diminuindo, mas está se agravando. Artigo de Gavin L. Foster e colegas, publicado na Nature Communications (04-04-2016) mostra que o mundo caminha para um aquecimento potencial sem precedentes em milhões de anos.

Os atuais níveis de dióxido de carbono são inéditos na história humana e estão no caminho inexorável para subir às alturas. Se as emissões de carbono continuarem em sua trajetória atual, a atmosfera poderia atingir um estado não visto em 50 milhões de anos.

Naquela época, as temperaturas globais eram até 10° C mais quentes e os oceanos eram dramaticamente mais altos do que hoje. A pesquisa que originou o artigo compilou 1.500 estimativas de dióxido de carbono para criar uma visão que se estende por 420 milhões de anos, conforme mostra o gráfico abaixo.

O aumento da concentração de CO2 na atmosfera contribuiu para o fato de os últimos 9 anos (2014 a 2022) terem sido os mais quentes já registrados no Holoceno. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou um relatório, em maio de 2023, confirmando que há uma probabilidade de 66% de a média anual de aquecimento ultrapassar o limite de 1,5°C entre 2023 e 2027.




Adicionalmente, o aumento da temperatura dos oceanos, além de acelerar o processo de degelo, pode afetar a circulação oceânica e atmosférica, o que teria impactos significativos no clima global. Um estudo recente publicado na revista Nature (Ditlevsen & Ditlevsen, 25/07/2023) descobriu que a Corrente Meridional do Atlântico (AMOC na sigla em inglês) pode entrar em colapso em meados deste século, ou até mesmo em 2025.

Os autores usaram medidas indiretas para estimar os riscos parada AMOC e chegaram a conclusões perturbadoras. Para funcionar, a AMOC depende de dois fatores principais: as diferenças de temperatura e de salinidade entre as massas de água.

De maneira geral, massas de água mais quentes e com menos sal tendem a ser menos densas e a ficar por cima, enquanto a água mais fria e com mais salinidade tende a afundar.

Com um derretimento maior das geleiras do planeta a tendência é que ocorra um volume cada vez mais intenso de água doce no oceano, o que altera sua salinidade. E é justamente por causa da importância do equilíbrio entre a temperatura e a salinidade da água que a AMOC pode acabar ficando desequilibrada por conta da aceleração do aquecimento global que, por sua vez, é provocado pelo aumento da Sobrecarga da Terra. A interrupção da AMOC causaria um grande desastre climático.



Se o crescimento econômico dos últimos 250 anos está causando uma grande crise climática, provoca também uma crise ambiental e uma grande redução da biodiversidade. O Relatório Planeta Vivo 2022, do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), mostra que o avanço do processo de crescimento contínuo da produção e consumo de bens e serviços ao bel-prazer da humanidade tem provocado uma degradação generalizada dos ecossistemas globais e gerado um ecocídio da vida selvagem que sempre existiu no planeta muito antes dos seres humanos.

A superexploração da Terra está transformando o Antropoceno em Piroceno, com a emergência climática se manifestando nas multiplicações de queimadas e fogos que destroem o meio ambiente e mata a fauna nativa.

Para entender a crise da biodiversidade vale a pena ver a Aula 2, do curso AM088, do IFGW da Unicamp, do professor Mathias Pires, ocorrida no primeiro semestre de 2021. No mesmo curso tive a oportunidade de dar a aula “Decrescimento demoeconômico e capacidade de carga do Planeta” (Alves, 11/04/2021). Ambas estão disponíveis na web.






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