Socratea exorrhiza
- dukamedeiros
- 13 de jul.
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A palmeira-andante (Socratea exorrhiza) é uma espécie de palmeira dióica e elegante, nativa da floresta amazônica e com interesse incomum, devido à forma do tronco e raízes da planta, que conferem um visual curioso e suscitam muitas teorias em torno da sua função. Sua copa é leve, com folhas pinadas, de aspecto plumoso e cheias, de cerca de 2 metros de comprimento.
Elas tem folíolos desiguais, de margens recortadas, e são verdes-claras, com as bainhas azuladas, recobrindo o palmito. As inflorescências surgem na base das folhas, são ramificadas, com 20 a 40 cm de comprimento e numerosas e pequenas flores de cor amarelo-creme, polinizadas por besouros. Os frutos formados são drupas elipsóides, de cor vermelho-acastanhada quando maduros, muito apreciados por pássaros.
A semente é grande e lembra a semente da noz-moscada, com os veios contrastantes. Apresenta estipe único, ereto e cilíndrico, que apesar de ser pouco calibroso, cerca de 10 a 20 cm de diâmetro, pode alcançar 20 metros de altura. Em sua base, o tronco tem a forma de um cone, e é sustentado por fortes raízes adventícias, recobertas por espinhos brancos, de forma que o seu colo fica muitas vezes suspenso, sem tocar o solo.
Com um pouco de imaginação facilmente temos a impressão de que essas raízes atuam como pernas, erguendo e movendo o caule adiante no terreno. Mas há muitas teorias em torno da curiosa forma dessa palmeira. Uma delas é de que a planta realmente ande pelo terreno, em busca de luz, para fugir da sombra de uma árvore por exemplo. Mas ela não se levantaria e sairia por aí caminhando.

A socratea exorrhiza, que popularmente é conhecida como palmeira andante, ou andarilha.
“A majestosa palmeira andante é uma planta da família arecáceas, que é a família que engloba todas as palmeiras. Seu nome científico é socratea exorrhiza. Popularmente, ela também pode ser chamada de paxiuba ou castiçal. Mas, seu nome mais curioso é palmeira andante”, explica a especialista.
Mas, a palmeira sai a “passos largos”? Na verdade, não. A engenheira florestal esclarece que o movimento da planta se dá em busca do sol e de áreas mais úmidas. E o deslocamento ocorre por meio das raízes.
“Essa planta é uma das únicas espécies de palmeira que possui raízes aéreas. Essas raízes podem chegar até dois metros de altura. E a característica morfológica de raízes aéreas permite que ela se estabilize em terrenos instáveis, brejosos e dessa forma possa crescer em direção à luz, ou em ambientes com umidade maior. Dessa forma, as raízes mais distantes da água, ou na parte que não chega a luz solar, vão apodrecendo e novas se formam na direção desejada”.
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